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A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na clínica estética e no apartamento dos proprietários, em Cascavel, nesta sexta-feira (17). Durante a ação, foram recolhidos documentos, eletrônicos, prontuários, equipamentos médicos, produtos estéticos – incluindo PMMA (polimetilmetacrilato) -, além de uma máquina de contar dinheiro.
A operação investiga a médica e o farmacêutico responsáveis pela clínica, que são casados, após denúncias relacionadas à aplicação de substâncias que teriam causado graves danos a pacientes. Ambos já foram indiciados por lesão corporal gravíssima e estelionato, além do farmacêutico responder também por exercício ilegal da medicina.
A denúncia de Raquel Demichei Dornelles
O caso ganhou notoriedade nas redes sociais depois que Raquel Demichei Dornelles (foto) relatou complicações graves em um procedimento estético realizado na clínica. Ela contratou a aplicação de “Sculptra”, um bioestimulador de colágeno, mas alegou que foi aplicado PMMA, substância sintética amplamente desaconselhada para fins estéticos devido ao risco de complicações severas.
Raquel afirmou ter sofrido deformidades permanentes no rosto e apresentou à Polícia Civil um laudo técnico que comprova o uso do PMMA, além de fotos, vídeos e contratos.
Outras vítimas identificadas
Com a repercussão do caso, outras duas vítimas procuraram a polícia, ampliando a investigação. Os indiciados seguem respondendo em liberdade, mas a delegacia representará pela cassação dos registros profissionais da médica e do farmacêutico.
Irregularidades constatadas na clínica
Em setembro de 2024, inspeções realizadas pelos Conselhos Regionais de Farmácia e Medicina, em parceria com o Ministério Público, apontaram diversas irregularidades na clínica. A equipe de fiscalização constatou que o farmacêutico utilizava PMMA em procedimentos estéticos, o que é proibido, além de outras infrações.
Participaram da fiscalização representantes do Conselho Regional de Farmácia (CRF-PR) e do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), que destacaram os riscos à saúde dos pacientes.
A Polícia Civil segue apurando o caso e recomenda que possíveis outras vítimas procurem a delegacia para formalizar denúncias.